Matriz D: uma ferramenta simples para repensar seu conteúdo
- Ana Palombo 
- há 7 dias
- 4 min de leitura

Essa semana eu estava conversando com uma cliente sobre redes sociais e estratégias para vender por essas queridas plataformas - tudo o que falamos por aqui né? Pois então, ela me contou que comprou um curso e ele começava com a tal da Matriz D.
Nossa conversa fluiu, e acabamos falando sobre conteúdo, porque mapear o que a matriz pedia era ótimo pro negócio, mas a sacada principal era saber como aplicar isso no conteúdo do dia a dia.
Então, hoje, como uma boa fofoqueira, quero contar pra vocês tudo sobre essa conversa e mostrar tipos de conteúdo que ajudam a vender com base em mais uma dessas leis do mercado.
O que é a Matriz D?
Matriz D vem de Dores e Desejos. E sim, você provavelmente já ouviu essas palavrinhas por aí. O que talvez não saiba é que, antes de virar tendência entre criadores de conteúdo, a Matriz D nasceu de um princípio antigo do marketing: entender o que move as pessoas. É quase poético, né?
Desde os estudos de Maslow, com sua pirâmide das necessidades humanas, até os primeiros livros de Philip Kotler, o objetivo sempre foi o mesmo:
- descobrir por que compramos, 
- por que clicamos, 
- por que nos conectamos com certas marcas. 
Com o tempo (e com o digital), essa teoria foi ficando mais prática. Copywriters começaram a simplificar esses estudos e perceberam que, no fundo, tudo o que motiva alguém cabe em dois polos:
👉 fugir da dor
👉 buscar o desejo
E foi assim que, popularmente, a Matriz D nasceu da prática.
Hoje, ela é uma das ferramentas mais simples (e poderosas) pra quem cria conteúdo, porque coloca o foco de volta onde tudo começa: nas pessoas.
Tem como não achar isso genial? Não tem.
Como criar a sua Matriz D
A Matriz D é basicamente um mapa do que move o seu público.De um lado, você tem as dores (os desconfortos, os medos, os desafios).Do outro, os desejos (as aspirações, os sonhos, as conquistas).
Pense nela como duas colunas: uma de desconfortos, outra de aspirações.
Pegue uma folha, um bloco de notas ou o Notion, e se faça as perguntas abaixo:
Perguntas pra mapear as DORES
- O que mais frustra meu público no dia a dia? 
- Que tipo de erro ou obstáculo ele repete com frequência? 
- O que ele teme perder (tempo, dinheiro, confiança, oportunidades)? 
💬 Dica: procure expressões reais — frases que as pessoas realmente diriam. Exemplo: “Eu me sinto travada”, “Ninguém entende meu estilo”, “Tenho medo de errar”.
Perguntas pra mapear os DESEJOS
- O que essa pessoa sonha em conquistar ou sentir? 
- Como ela quer ser vista pelos outros (ou por ela mesma)? 
- Que tipo de transformação faria ela dizer: “valeu a pena”? 
💬 Dica: use verbos e emoções — “quero me sentir confiante”, “quero viver com mais leveza”, “quero ter liberdade”.
O pulo do gato: observe os pares
Cada dor tende a ter um desejo correspondente. E é nesse contraste que mora a mágica da Matriz D.
Dor: “Me sinto travada pra criar conteúdo.” 👉 Desejo: “Quero sentir leveza e prazer em criar.”
Esse par (dor + desejo) é o ponto de partida de um conteúdo poderoso. Ele mostra empatia, oferece transformação e fala diretamente com o que seu público sente.
Como usar a Matriz D pra criar conteúdo
Depois de montar sua matriz, você pode transformá-la em muitos formatos diferentes. Aqui vão 3 ideias práticas que funcionam em quase qualquer nicho:
- Carrossel de contraste: Mostre uma dor e um desejo lado a lado. - Exemplo: “Antes eu me sentia X / Hoje eu consigo Y.” Ideal pra quem quer mostrar transformação 
- Post de reflexão: Escolha uma dor comum do seu público e traga uma nova perspectiva. Use o desejo correspondente como fechamento inspirador. 
- Story de bastidor: Mostre como você também já sentiu uma dor parecida — e o que te ajudou a mudar. Isso cria conexão e prova social ao mesmo tempo. 
Por que essa ferramenta é tão utilizada
No fim das contas, a Matriz D é mais do que um exercício de marketing. Ela é uma forma de escuta. Um jeito de se lembrar que, por trás de cada seguidor, cliente ou número, existe uma pessoa real — com medos, vontades e histórias.
E quando você cria conteúdo com base nisso, você não está só vendendo. Você está construindo significado, empatia e transparência. E isso tem um poder gigantesco de conexão com o seu público.
No fim das contas…
Criar conteúdo é, antes de tudo, um ato de atenção. A Matriz D te lembra disso: que por trás de cada post existe uma conversa entre o que dói e o que inspira, entre o que falta e o que sonhamos alcançar. Existe uma conversa entre você e seu cliente.
Então, da próxima vez que for escrever, não comece pelo o que o algoritmo quer que você poste. Comece pela escuta. Pelas histórias que te cercam. Pelas pequenas inquietações e pelos desejos que movem quem te lê.
É nesse espaço entre dor e desejo que o seu conteúdo ganha vida. E quando isso acontecer — quando a sua criação fizer sentido pra alguém — lembre-se: você acabou de criar um conteúdo que tem potencial de venda.
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