
No Dia das Mulheres quis sanar um incômodo meu. Eu, mulher, preferi me posicionar de um jeito um pouco mais poético do que o “parabéns pelo nosso dia”. Quis fazer uma ação especial em forma de papelaria.
Tudo começou com o planejamento para as postagens do Instagram. O que postar no tal Dia das Mulheres? O que falar? Como me posicionar?
Ofereço rosa ou estendo o punho pro alto? Me coloco na posição defensiva ou saio direto pro ataque?
Apesar de indicar ideias e guiar muitas publicações para dias especiais como este, nunca sei o que eu realmente quero postar em dias marcados no calendário como muito importantes.
Mas se tem uma coisa que eu aprendi, é que não me posicionar não é uma opção.
Então, hoje decidi, mais uma vez, me posicionar com o meu sentimento. Decidi ser vulnerável e mostrar toda essa incerteza e insegurança.
Sou feminista, feminase, femi-oquequerquevocêescolha. E hoje, escolhi deixar minha criatividade comandar o post. Fui atrás de referências de fotos, citações e histórias que me emocionavam e me davam força de alguma forma.
Assim, criei 5 artes diferentes e quero compartilhar com você cada uma delas.

Girls just wanna liberdade
Afinal, nós, mulheres, somos realmente livres?
O conceito de liberdade pode até ser considerado utópico, pois existem muitos teóricos, estudiosos e filósofos que já dissertaram e definiram este como um conceito abstrato. Cada um à sua maneira, cada um diante da sua perspectiva e seus interesses. Portanto, para elucidar a questão aqui, vou apenas trazer o significado da palavra liberdade segundo o dicionário:
Independência absoluta e legal de um indivíduo, de uma cultura, povo ou nação; Estado ou característica de quem é livre, de quem não se submete; Falta de dependência; independência; Estado da pessoa que não está presa.
Diante disso, vemos que liberdade significa o direito de agir segundo o seu livre arbítrio, de acordo com a própria vontade, desde que não prejudique outra pessoa. É a independência do ser humano, o poder de ter autonomia e espontaneidade.
Mas será que acontece isso para nós, mulheres?
Um dos marcos de liberdade alcançados pelas mulheres no Brasil foi o direito ao voto, que aconteceu agora há pouco, em 24 de fevereiro de 1932. Foi uma baita conquista para a luta feminista! Uma das primeiras conquistas... E aconteceu não faz tanto tempo assim.
Ainda que tenhamos na Constituição direitos políticos iguais entre homens e mulheres, temos também heranças de diferenças de gênero que não foram superadas. Vemos isso em situações do dia a dia, quando as mulheres tomam decisões que fogem do que a sociedade espera delas.
Levanta a mão quem já sentiu um olho torto diante de situações como:
a mulher decide não se casar; a mulher decide não ter filhos; a mulher decide não ter um relacionamento heteroafetivo; a mulher não têm um parceiro fixo e segue aproveitando a vida;
Isso sem contar o tamanho da roupa, a cor do batom, o tipo de cabelo e até onde crescem pelos. Esses são alguns exemplos de restrições de liberdade, julgamentos sociais que provam que essa tal liberdade ainda está no plano dos desejos das mulheres.
E se querem julgar, que julguem. Entre tantas músicas que que podemos citar, escolhi uma que embala diversão e bom humor na nossa luta diária:
Girls just wanna have fun liberdade!

Não se nasce feminina, torna-se mulher
Quando pensei em criar algum conteúdo para o Dia da Mulher, essa frase logo veio à mente. É uma frase que considero deveras poderosa sozinha, mas que amplia seu significado quando cantada pela Bia Ferreira na música “Não precisa ser Amélia”.
Essa música foi o start para outra arte que fiz e vou falar dela em breve. Agora quero ressaltar e colocar essa frase em um lugar de destaque.
Essa frase é poderosa porque é a adaptação de uma ideia de ninguém menos que Simone de Beauvoir, uma escritora, filósofa, ativista e feminista francesa, que foi essencial para a teoria feminista. E para entender essa citação, é necessário te explicar alguns conceitos filosóficos - vou tentar ser sucinta, prometo.
Beauvoir era uma filósofa existencialista, o que significa que, assim como outros comparsas existencialistas, ela buscava sentido em questões relacionadas ao significado, propósito e valor da existência humana. Essa citação específica veio do livro “O Segundo Sexo” que tornou-se extremamente importante para a luta feminista. Nessa frase, precisa-se chamar a atenção para a importância do verbo “tornar-se”, que supõe um movimento de transformação, uma mudança e faz com que algo ou alguém deixe um estado e passe a outro.
Para Beauvoir, as mulheres nascem em uma sociedade onde já existe uma imposição de como devem se comportar e ser. E, dentro desse modelo de sociedade, a mulher ocupa um lugar subalterno. As oportunidades não são iguais, as mulheres enfrentam diversos e extensos tipos de opressão machista, o que impede que a mulher ‘transcenda’. É por isso que precisamos de políticas públicas, de mecanismos de inclusão, para que possamos superar essa situação de desigualdade. Como a filósofa acreditava que a existência precedia a essência, logo, não se nasce mulher, torna-se uma - é preciso essa mudança, essa transformação.
Tá, fui bem sucinta, vai? Esse é o primeiro ponto dessa arte, que é a frase.
O outro ponto da arte é que não é nossa amada Simone que está com a carinha em cima da frase… Esse belo sorriso pertence a Christina Jorgensen, que foi a primeira pessoa transgênero a anunciar publicamente sua mudança de sexo e a lutar para tornar o fenômeno transgênero melhor compreendido.
Depois de se formar no ensino médio em 1945, Jorgensen alistou-se no exército dos Estados Unidos e tornou-se escriturário. Após sair do exército, tendo ouvido falar sobre os pioneiros europeus da cirurgia de mudança de sexo, ela decidiu fazer a transição do masculino para o feminino. Em 1950, aos 24 anos, Jorgenson começou a tomar estrogênio sob a supervisão do Dr. Christian Hamburg. Ela escolheu seu novo nome em sua homenagem. Então, em 1951, ela obteve permissão para iniciar os procedimentos de reatribuição em Copenhague, Dinamarca.
A cirurgia transformou Jorgensen física e mentalmente. Ela enviou fotos de seu novo eu de volta para a América, com notas dizendo: “Lembra-se da pessoa tímida e miserável que deixou a América? Bem, essa pessoa não existe mais e, como você pode ver, estou com um humor maravilhoso.” Quando ela voltou para casa em 1955, seu novo eu extrovertido lidou bem com a publicidade que certos tabloides provocaram, com manchetes sensacionalistas como: “Ex-Gi se torna loira bonita” e “Querida mamãe e papai, filho escreveu, eu agora me tornei sua filha”.
Apesar de tantas provocações, Jorgensen se lançou como defensora das pessoas transgênero, falando no rádio e na TV, bem como nas universidades, nas décadas de 1970 e 1980. O tímido menino loiro realmente se foi. Jorgensen também se tornou uma atriz e animadora de boate, muitas vezes cantando a música "Eu gosto de ser uma garota" e inventando seu próprio personagem "Superwoman" (depois da Warner Communications exigir que ela parasse de se vestir com uma fantasia de Mulher Maravilha em seu ato de boate). Ela morreu em 1989, de câncer de bexiga e pulmão, tendo, como ela disse, dado à revolução sexual “um bom chute rápido nas calças”.
Escolhi a Christina para ilustrar essa arte porque quis elucidar ainda mais o “tornar-se” mulher. Diante da sociedade em que vivemos, escolher ser uma mulher diferente dos padrões impostos é um ato de coragem, resistência e extrema felicidade.
Então, que possamos unir a força e a alegria desse sorriso da Christina e seguir firmes nos tornando cada vez mais nós mesmas, mulheres.

We gonna start the revolution
Quando vi esse post no Pinterest, quis muito fazer uma arte com essa frase. Diante de tudo o que você já leu até aqui, imagino que consiga entender o porquê, né? Rs.
Mas o ponto é: como ilustrar essa tal “revolução” de forma impactante?
Eis que lembrei dessa foto icônica.
Essa foto foi tirada por Will Counts e faria parte de muitos jornais, livros e apostilas ao longo dos anos. Na foto, podemos ver Elizabeth Eckford marchando decidida e confiante para o seu primeiro dia de aula na Little Rock Center High School, uma escola frequentada apenas por brancos.
Elizabeth fazia parte do que, depois, conheceríamos como “Little Rock Nine”, um grupo de 9 jovens estudantes negros, que batera de frente com a política segregacionista dos Estados Unidos, e se matricularam em uma escola somente de brancos, em setembro de 1957. Esse foi um teste estratégico dos jovens e de suas famílias, pois quiseram colocar à prova um caso histórico da Suprema Corte de 1954, em que os juízes decidiram por unanimidade que a segregação racial de crianças em escolas públicas era inconstitucional.
Foi por isso que, na manhã de 4 de setembro de 1957, Eckford foi para a escola. Porém, ela não deveria ter ido sozinha. Como não tinha telefone em casa, Elizabeth nunca recebeu um telefonema de Daisy Bates, membro da NAACP (“National Association for the Advancement of Colored People”, ou “Associação Nacional para o Progresso das Pessoas de Cor”, em tradução livre), pedindo para os estudantes ficarem em casa antes de irem para a escola.
Assim, Eckford encarou sozinha uma multidão racista que gritava e mostrava todo seu ódio supremacista. Quando chegou em Little Rock, encontrou uma multidão de pessoas brancas ensandecidas, além da Guarda Nacional do Arkansas, montada pelo governador Orval Faubus para impedir que alunos negros entrassem na escola.
Mesmo com toda sua pose de badass, Elizabeth não entrou na escola. Ela, e os outros 8 alunos negros, foram forçados a retornarem a suas casas por ordem do governador, em oposição à decisão da justiça federal.
A situação só mudou quando o então presidente Dwight Eisenhower dissolveu a Guarda Nacional do Arkansas e enviou tropas de pára-quedistas do exército nacional para garantir e proteger a entrada e o estudo dos nove alunos negros em Little Rock, cumprindo a decisão das cortes federais.
O racismo no sul americano estava de tal maneira arraigado que, quando o ano letivo terminou, os integrantes do sistema público de ensino de Little Rock preferiram fechar a escola a permitir a integração racial nelas - no que foram seguidos por outras escolas do estado e do sul do país.
Esse era apenas o começo de vários marcos históricos na luta dos Direitos Civis nos Estados Unidos. Eu poderia ter explicado o papel da Daisy Bates nesse episódio, escolhido o caso da Rosa Parks, ter comentado sobre a importância da Ella Baker ou tantas outras histórias de mulheres que fizeram a diferença nesse contexto.
Mas a imagem da Elizabeth me pegou de jeito. Se eu vou fazer uma revolução, quero essa coragem, essa atitude e, se não for pedir demais, um óculos tão estiloso quanto esse.

Destrua o patriarcado, não o planeta.
Vivendo em uma cidade do interior, é fácil perceber o tal do patriarcado enraizado onde menos se espera. Inclusive fiquei muito tentada a fazer uma arte seguindo essa linha de post, pois “destruir o patriarcado” é uma frase que paira vez ou outra pela minha bolha social.
Mas afinal, o que é patriarcado e que raios a Marie Curie está fazendo aí no meio da arte?
Para começar, patriarcado é um sistema social que favorece os homens, em especial o homem branco, cisgênero e heteressexual. Isso significa que a cultura, as estruturas sociais e as relações vão ser construídas com o homem no centro. Em uma sociedade patriarcal, como a nossa, podemos perceber que prevalecem as relações de poder e domínio dos homens sobre as mulheres - e todos os demais sujeitos que não se encaixam com o padrão considerado normativo de raça, gênero e orientação sexual.
De forma direta e objetiva, patriarcado é aquele grupinho dos heterotops, rs.
Por que é importante destruir o patriarcado?!
Porque esse sistema social exclui, oprime e domina qualquer figura que não se qualifique como essa figura do patriarca racista cis-hétero-normativo que controla, se apresenta, se organiza e se define como centro, foco hegemônico do controle e do poder. Em outras palavras, porque nós, mulheres, não precisamos escutar de outro alguém o que podemos ou não fazer.
E é exatamente por isso que Marie Curie está nessa arte.
Marie passou a vida inteira ouvindo que as mulheres não podiam fazer muitas das coisas que ela queria e estava fazendo. Diante de tantas coisas que ela não podia fazer, ela fez o que poucas pessoas conseguiram: ganhar dois prêmios Nobel. Aliás, foi a primeira mulher a ganhar o Prêmio Nobel, sendo também a primeira pessoa e a única mulher a ganhá-lo duas vezes, além de ser a única pessoa a ser premiada em dois campos científicos diferentes.
Ela ganhou o primeiro Nobel de Física em 1903, juntamente com Pierre Curie e Henri Becquerel, "em reconhecimento aos serviços extraordinários que prestaram por suas pesquisas conjuntas sobre os fenômenos de radiação descobertos pelo professor Henri Becquerel”. Já o segundo, foi o Prêmio Nobel de Química, em 1911, em "reconhecimento por seus serviços ao avanço da química, por meio da descoberta dos elementos rádio e polônio, do isolamento do rádio e do estudo da natureza e dos compostos desse elemento notável”.
Para mim, foi interessante e bem-humorada a contraposição de uma cientista com o tal “destruir o planeta”. Ainda mais porque Curie buscava revelar os segredos da natureza movida pela convicção de que a ciência tinha muito mais a dar ao ser humano do que a tirar dele. Mas até quando isso ia ser interpretado de forma positiva, hein Marie? Se visse o que estão fazendo hoje com nossa natureza, menina…

Não precisa ser Amélia pra ser de verdade
Essa é a arte que vai exigir mais da sua interpretação. São duas histórias desconexas que se juntam por uma simples similaridade.
Como disse anteriormente, essa frase eu conheci através da música da Bia Ferreira. No entanto, quem era essa tal de Amélia a qual ela se refere?
Descobri que “Ai! que saudade da Amélia” é uma canção composta por Mário Lago (letra) e Ataulfo Alves (revisão e música) que foi lançada em 1942 e é considerada um clássico do samba. Apesar de Ataulfo Alves declarar que Amélia "simboliza a companheira ideal, que luta ao lado do marido, vivendo de acordo com suas possibilidades, sem exigir o que ele não pode dar”, e não uma figura negativa da mulher, a compreensão dominante entre aqueles que analisam a letra é a de que ela é sexista, passando uma imagem de mulher submissa.
Essa figura da Amélia submissa pode até ter sido cantada como um clássico do samba, mas deixou vários incômodos.
Em 2009, a cantora Pitty também lançou uma música que dialoga com a composição de Mário Lago e Ataulfo Alves - "Desconstruindo Amélia", pertencente ao álbum Chiaroscuro (álbum). Nessa composição, Pitty procura romper com essa ideia de mulher perfeita e investigar como seria a Amélia do século XXI. Na letra, ela conta a história de uma mulher moderna, sobrecarregada em multitarefas, que um dia resolve assumir o protagonismo da própria vida.
“Disfarça e segue em frente Todo dia até cansar E eis que de repente ela resolve então mudar Vira a mesa, assume o jogo Faz questão de se cuidar”
Daí o título referir-se a uma desconstrução, o ato de desfazer princípios tradicionais estabelecidos para reconstruir algo novo: a Amélia de hoje rompe com os padrões que foram impostos a ela.
“Nem serva, nem objeto Já não quer ser o Outro Hoje ela é Um também”
Desse modo, são rompidos os papéis de gênero tradicionalmente atribuídos às mulheres - objetos sexuais, prontas para satisfazer os desejos alheios. Os versos acima são uma referência a um conceito formulado por Simone de Beauvoir no livro O Segundo Sexo. Para a filósofa, a mulher ocupa a posição do Outro do homem: ou seja, ela não é definida como um ser humano completo e universal, mas em comparação ao homem e a partir do olhar dele.
Em entrevista, Pitty explicou: "É ótimo o jeito que ela (Beauvoir) investiga o papel feminino na sociedade, o conceito de o homem ser tido como Um e a mulher como o Outro, o reflexo. O espelho, o ponto de partida é o Um, e a mulher aceitando isso se coloca na posição de ser o Outro. Daí veio a frase: Já não quer ser o Outro, hoje ela é Um também".
Logo, ela está afirmando que a mulher não quer mais ser limitada aos papéis atribuídos a ela por uma sociedade machista; a mulher agora é dona de si mesma.
Os incômodos da Pitty ecoam com o incômodo que a Bia Ferreira colocou na canção de 2018. "Não Precisa Ser Amélia" trouxe esse incômodo para dentro da temática social e do feminismo negro.
“O jogo só vale quando todas as partes puderem jogar Sou mulher, sou preta, essa é minha treta Me deram um palco e eu vou cantar Canto pela tia que é silenciada Dizem que só a pia é seu lugar Pela mina que é de quebrada Que é violentada e não pode estudar Canto pela preta objetificada Gostosa, sarada, que tem que sambar
Dona de casa limpa, lava e passa Mas fora do lar não pode trabalhar A dona de casa limpa, lava e passa A dona de casa
Não precisa ser Amélia pra ser de verdade Você tem a liberdade pra ser quem você quiser Seja preta, indígena, trans, nordestina Não se nasce feminina, torna-se mulher”
Essa Amélia cantada por mulheres é muito melhor que a personagem criada por um homem, não é?
Pensando nessa dualidade de personagens, minha escolha para a imagem que iria ilustrar essa frase foi por um simples jogo de palavras.
Visando ressignificar essa “Amélia”, que pelo jeito é pintada no universo da música brasileira como uma personagem submissa, escolhi a Amelia Earhart. Sim, foi simplesmente uma associação de nome. Mas, se todos pensam na aviadora quando citamos o nome “Amélia”, por que não brincar com isso?
Amelia Earhart talvez seja mais conhecida como a piloto que desapareceu misteriosamente, em 1937, enquanto sobrevoava o Oceano Pacífico. Mas esse ponto não pode jamais ofuscar a carreira curta mas incrível da pilota. Earhart empurrou os limites rígidos da sociedade, abrindo espaço para si no mundo dos homens sem pedir permissão.
Dentre os grandes feitos para o feminismo, temos 3 pontos que valem a atenção:
Ela mudou a aviação Mais do que provar que mulheres poderiam ser pilotas, ela assumiu a missão de ensinar outras mulheres a pilotar.
Ela revolucionou o casamento Quando casou-se, ela se recusou a mudar de nome e fez questão de dividir tarefas e dinheiro de igual para igual.
Ela influenciou a moda As roupas da marca AE tinham que ser fáceis de lavar: para Amelia, as mulheres não podiam passar o dia fazendo faxina.
Portanto, aproveitando o imaginário social ao redor do nome, se for para falarmos de Amélia, que seja então igual a essa Amélia. Que foi um verdadeiro modelo para meninas e mulheres que ousavam sonhar com vidas além dos papéis convencionais.
Foi tudo para o meu TCC
Todas essas histórias foram contadas para poder explicar como foi meu processo criativo para a criação dessa cartela de adesivos que fizemos em uma ação especial do Dia das Mulheres de 2022.
Compartilhar histórias pode parecer pouca coisa pra quem compartilha da luta, mas pode ser muito pra quem vive em cima do muro.
Pra mim, é um ato importante. Mais do que pensar nos outros, para esse dia decidi postar o que fazia sentido pra mim. E fez sentido tentar interpretar minhas inspirações, incômodos e sonhos em algumas artes.
Deixei a criatividade comunicar e estender para você e quem quer que queira uma companhia nesse dia celebrando a resistência.
Seguimos firmes e fortes.
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Referências:
Girls just wanna liberdade
Não se nasce feminina, torna-se mulher
https://historycollection.com/11-remarkable-transgender-people-history/8/ https://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/585794-simone-de-beauvoir-a-mulher-como-pilar-de-si-mesma
We gonna start the revolution
Destrua o patriarcado, não o planeta.
Não precisa ser Amélia pra ser de verdade
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